Da Publicidade à Fotografia de Casamento: A Jornada de Realizar Sonhos Após os 30

Muitos podem pensar que mudar de carreira é um ato de medo ou insegurança, mas, no meu caso, foi exatamente o contrário. Foi um movimento de coragem, uma resposta à pressão implacável do mundo publicitário. Eu me formei em uma das melhores faculdades de publicidade e propagandas do Brasil, cercado de expectativas e ambições. Trabalhei em uma escola renomada em São Paulo, onde tive a chance de aprender e crescer. Mas, mesmo com todo esse cenário, algo dentro de mim sempre soube que a publicidade não seria o meu destino final.

A fotografia sempre teve um lugar especial no meu coração. Desde o momento em que segurei uma câmera pela primeira vez, senti uma conexão profunda, algo que me fazia brilhar os olhos. Eu me vi retratando histórias, capturando momentos que, de outra forma, se perderiam com o tempo. E foi essa paixão que me levou a ser retratista por alguns anos, buscando, através das lentes, a essência das pessoas.

Mas, como qualquer jornada verdadeira, a vida me levou por caminhos inesperados. Decidi, então, mergulhar de cabeça na fotografia de casamentos. Há algo mágico em registrar o amor, as promessas e as esperanças que envolvem esse momento tão especial na vida das pessoas. Cada clique é uma nova história, um novo começo.

Agora, aos 30 e poucos anos, estou vivendo um sonho que muitos talvez ainda estejam tentando alcançar. Viver da minha arte, pagar minhas contas com meu próprio trabalho, é uma conquista que valorizo a cada dia. Mas não é fácil.

Olho para o futuro e vejo um estúdio. Um espaço meu, onde a arte e a criatividade poderão fluir livremente, onde poderei continuar a registrar histórias e momentos. Este é o meu próximo passo, o meu próximo sonho. E sei que, assim como cheguei até aqui, vou alcançar esse objetivo também.

Essa é a minha história. Um drama adulto que, aos 31, ainda carrega sonhos e esperanças. Uma jornada de paixão, persistência e, acima de tudo, coragem. Porque viver dos seus sonhos é desafiador, mas não há nada mais gratificante do que saber que cada passo dado foi construído com suas próprias mãos.